Impressionado pelo peso das provas científicas, o Guiness Book of World Records deixou de reconhecer as tentativas de quebrar o recorde mundial de números de horas em privação de sono.
Recorde-se que o Guiness considera aceitável que um homem (Felix Baumgartner) suba 128 000 pés até ao limite da nossa atmosfera num balão de ar quente, munido de um fato espacial, que abra a porta da sua cápsula e suba até ao cimo de uma escada suspensa sobre o planeta, para depois se deixar cair em queda livre até à Terra a uma velocidade máxima de 1358 quilómetros por hora, quebrando a barreira do som enquanto cria um estrondo sónico apenas com o seu corpo.
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT173689-17933,00.html
Mas os riscos relacionados com a privação do sono são considerados bastante elevados. Inaceitavelmente elevados na verdade, com base nas provas.
E que provas convincentes são estas? Nos próximos artigos vamos examinar exatamente porquê e como a privação do sono provoca efeitos tão devastadores no cérebro, relacionando-a com numerosas condições neurológicas e psiquiátricas (como, por exemplo, doença de Alzheimer, ansiedade, depressão, perturbação bipolar, suicídio, apoplexia e dor crónica), e em todos os sistemas fisiológicos do corpo, contribuindo adicionalmente para inúmeras perturbações e doenças (como, por exemplo, cancro, diabetes, ataques cardíacos, infertilidade, aumento de peso, obesidade e imunodeficiência).
Não existe nenhuma parte do corpo humano que seja poupada aos efeitos aterradores e nocivos da falta de sono. Como verá, dependemos do sono em termos de funcionamento social, organizacional, económico, físico, comportamental, nutricional, linguístico, cognitivo e emocional.
Este capítulo trata das consequências extremas e por vezes letais que um padrão de sono inadequado tem no cérebro.
Fonte: Walker, Matthew; Porque dormimos?; Men’s , fevereiro 2019, 978-989-8892-25-6 Pág 151
Partilho aqui os seguintes links que evidenciam porque o sono faz a falta ao corpo humano: