É verdade que as crianças têm uma enorme capacidade de adaptação, mas é igualmente um facto que crescer e adaptar-se ao mundo pode causar ansiedade.
Certamente, todos já tivemos um ou mais momentos em que sentimos ansiedade. E isso é perfeitamente normal. A boa notícia é que há estratégias que podem ser ensinadas às crianças para melhor gerirem as emoções.
Carla Bulhões, fundadora da Academia Agora Eu Sou, partilha cinco dicas que ajudam as crianças a gerir a ansiedade, mas também os adultos.
Costumo dizer que quando os pais são nervosos, os filhos ficam ansiosos. Porquê? Porque os filhos são “esponjas” da forma de estar dos pais.
Como resultado, quando os progenitores têm preocupações excessivas sobre o bem-estar ou segurança dos seus filhos, estes acabam por ficar com medo do futuro. E como é que isso se reflete?
Acima de tudo, na dificuldade em ter autonomia e autoestima e, é claro, no medo desproporcional que pode surgir em certas situações ou até mesmo na ansiedade antes dos testes, com receio de que os resultados não correspondam às expetativas dos pais ou até mesmo deles próprios.
Sim, é verdade que as crianças têm uma enorme capacidade de adaptação, mas é igualmente um facto que crescer e adaptar-se ao mundo pode causar ansiedade.
Certamente, todos já tivemos um ou mais momentos em que sentimos ansiedade. E isso é perfeitamente normal. A boa notícia é que há estratégias que podem ser ensinadas às crianças para melhor gerirem as emoções.
5 dicas para ajudar as crianças a gerirem a ansiedade (também são válidas para adultos!):
- Ensine-lhe técnica de relaxamento e respiração. Este é um dos maiores poderes que todos temos para gerir as emoções. Veja aqui exemplos de exercícios que podem ser feitos.
- Não se zangue, nem goze com a situação. Isso reforça a ansiedade e pode piorar a autoestima da criança;
- Encoraje-a a ultrapassar a situação e transmita-lhe segurança. Explique-lhe que é comum as crianças sentirem ansiedade lembrando-a que, certamente, já ultrapassou, com sucesso, situações semelhantes.
- Ajude-a a descobrir, com calma e sem julgamento, qual é o gatilho que faz disparar a ansiedade. É uma imagem? Um som? Ou uma situação? É o quê? A tomada de consciência da causa da ansiedade é um dos pontos de partida para a sua redução, pois permite orientar a mente para a resolução da questão.
- Estimule a criação de visualizações positivas. Ajudar a criança a visualizar-se na situação, de uma forma bem-sucedida, permite que, gradualmente, o padrão negativo seja substituído pelo positivo. A mente inconsciente não distingue a realidade da fantasia, pelo que a criatividade e imaginação são dois grandes aliados na criação destas visualizações positivas de uma forma bem-sucedida.
Como ajudar as crianças a gerir a ansiedade?